segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Pelo direito de ter SOMBRA


Se fosse a exposição demasiada ao sol um fator determinante para o subdesenvolvimento, como já defendeu algum teórico de sangue neonazista, os acadêmicos de comunicação e pedagogia que estudam no setor 5 do CCE da Uespi seriam a escória humana da Universidade.
Por quê?! Você nunca percebeu que durante o período da tarde o referido bloco fica completamente tomado pelo sol? O astro rei esquenta paredes, diminuindo, dessa forma, a eficiência dos condicionadores de ar, além de desbotar as placas dos formandos e impedir que um importante espaço de integração, o corredor, seja plenamente utilizado pelos estudantes.
Com o calor que faz em Teresina, a sombra tem que voltar para nosso bloco. Se a administração não se preocupa com a qualidade do ambiente de convivência da comunidade acadêmica, alguém tem que se mexer. E quem mais além dos estudantes?
Por isso o Comuns (Centro Acadêmico de Comunicação Social) propõe o Dia da Sombra. Um dia voltado pra uma tentativa desesperada de trazer um pouco de sombra pro último corredor da Uespi. A ação é pequena, não é nenhum reflorestamento ou forma de salvar o meio ambiente. Queremos apenas um pouco de verde e algo que nos proteja do sol “fritante”.
Na ocasião, plantaremos algumas mudas de árvores e ficaremos na torcida para que as pequeninas não sejam assassinadas por malvados pneus de carros ou brutalmente cortadas pelos facões a mando dos “agentes” da administração.
Também queremos evitar a derrubada das plantas remanescentes da saga devastadora dos insensíveis administradores, tomando os devidos cuidados com as plantinhas que tanto nos fazem bem. Os alunos ficam responsáveis por essa proteção ou nunca mais poderemos usar a expressão “cada macaco no seu galho”, porque...que galho?
Se a idéia e as plantas vingarem, em breve estaremos livres do solzão.


[Texto do Incomuns nº 09]