domingo, 29 de abril de 2007


O TEMPO E O SILÊNCIO

Escuta-se o mais ínfimo dos estrondos
O ruído da água corrente se transparece a cada tempo
Não é nada além do silêncio costumeiro que desgasta em nossas faces
Só um rosto alvo e cristalino deixa temporária e acesa a luz que ainda se presta em meus olhos.

Expressão branda e ávida de fortaleza desconhecida
Restaura e resguarda um último sorriso que transforma, transfigura e desatina em minh’alma contida.
Ah! O tempo e o silêncio, dois mártires da vida. Parece-me que se confundem e ao mesmo tempo tão puro se apresentam.

A saudade irremediada se desperta veloz
Ao passo do que se imagina, mente audaciosa e perspicaz
Descalça o sentido se todas as coisas que provêm,
De uma imagem perdida e comum aos que sentem o peso do peito.

Já muito lhe foi dito sem destino,
Lhe pergunto se sou suficiente e satisfatório,
Se não o for me desculpe, siga seu trajeto, seu caminho
Como eu o farei, mas com a amargura desse tempo de indecisão em que só se é possível se escutar o silêncio e o arrastar d’água que se move tão lentamente pelo chão.



Uma pessoinha fez pra mim...desse jeito pareço uma menina má...será?!

[Larissa]

ELE...


Tem cabelo, pele bonita e irmãos
Cheira bem, passa sabonete
Espirra de vez em quando, e toma coca-cola
Já vi chorar, mas ri muito bem
Sabe tirar foto e toma banho de chuva uma vez por ano
Cabe num girar de mundo e não dorme mais que o necessário
Movimentos quase perfeitos
Carrega nos ombros aquela graça, pequena graça
Diz coisas sem sentido
Toca violão, come com as mãos
Senta na beirinha, só pra vê passar o dia
Tem mãe, tem pai
Não tem coração
É mais ou menos gente
Finge contente...

sexta-feira, 20 de abril de 2007


Dançar pro corpo ficar Odará...

sábado, 14 de abril de 2007


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando..."