Pelos pátios partidos em festa.....

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O som do Piauí

Há algum tempo um fenômeno musical POP tem sido muito comentado em Teresina. Eu ouvi falar muito disso e quis conhecer essa banda, que era tão falada e tinha shows bem disputados e dizem, bem envolventes (ainda não pude ouvi-los ao vivo). Essa banda responde pelo nome de Validuaté. E realmente é uma boa surpresa. É o que está acontecendo de melhor no Piauí atualmente.
Como todas as bandas piauienses até agora, o Validuaté ainda não tem um som, um estilo muito bem definido. Muito menos ainda o que se pode chamar de “som do Piauí”, mas já é um som feito no Piauí.
Em uma primeira audição é muito difícil definir o som do Validuaté. Lembra imediatamente o som da banda pernambucana Nação Zumbi (da época do Chico Science)ou Mundo Livre S/A, essas sim, conseguiram criar um movimento e um som novo no Nordeste, o Mangue Beat. Fazer isso parece ser muito difícil, não só no Nordeste, mas em todo o Brasil. Mas Chico Science conseguiu, e muito lamentavelmente não pode seguir em frente. Sua banda Nação Zumbi nunca conseguiu fazer jus ao carisma de seu eterno líder em larga escala.
Ainda creio que o Piauí consiga encontrar alguma personalidade musical, apesar de achar que isso seja bem complicado...Mas voltando ao Validuaté, a banda tem um leque de opções musicais bem diversas. Em um momento é Rock, em outro é samba e em outro é simples música Pop. O que eu poderia chamar de um “Hit”, a banda já tem e chama-se “Ela é”. Devia tocar mais no rádio local. O álbum abre com um "Rockão" que tem uma letra bem enigmática (baseada no poema de E.M.de Melo e Castro). O vocal em algumas músicas lembra Toni Garrido e Leoni (Ex-Kid Abelha). Mas “Amorlâmpago” parece ser um tributo aos Secos & molhados com pitadas do Rockabilly americano. Em alguns momentos o já falecido Los Hermanos também é evocado durante o disco.
Quaresma e Thiago e. são os lideres e cabeças pensantes do disco chamado Pelos Pátios Partidos em Festa, mas a banda conta ainda com mais quatro músicos: Vazim, Jr. Caixão, Wagner Costa e John Well.
As músicas são recheadas de letras com muita poesia e referencias globalizadas. Mas não deixa de ser uma salada rítmica confusa e por vezes desnecessária. Mas os rapazes estão no seu primeiro trabalho e gravar no Piauí ainda não é assim, uma Brastemp, quando se fala em produção.
A parte gráfica também ficou muito legal, a idéia das camisas foi muito bem sacada.Resta torcer então para que a banda venha mais madura e mais forte para o sempre difícil segundo disco. Principalmente no Piauí, onde a tradição ainda faz por onde as bandas não gravem muitos discos e mantenham sua unidade por mais tempo. E o Validuaté tem tudo para encontrar enfim, “O som do Piauí”. "


Fonte: João fontenele/ music
PortalAZ

não conseguí postar o link.
Bem, as dores estão só começando....