domingo, 29 de abril de 2007


O TEMPO E O SILÊNCIO

Escuta-se o mais ínfimo dos estrondos
O ruído da água corrente se transparece a cada tempo
Não é nada além do silêncio costumeiro que desgasta em nossas faces
Só um rosto alvo e cristalino deixa temporária e acesa a luz que ainda se presta em meus olhos.

Expressão branda e ávida de fortaleza desconhecida
Restaura e resguarda um último sorriso que transforma, transfigura e desatina em minh’alma contida.
Ah! O tempo e o silêncio, dois mártires da vida. Parece-me que se confundem e ao mesmo tempo tão puro se apresentam.

A saudade irremediada se desperta veloz
Ao passo do que se imagina, mente audaciosa e perspicaz
Descalça o sentido se todas as coisas que provêm,
De uma imagem perdida e comum aos que sentem o peso do peito.

Já muito lhe foi dito sem destino,
Lhe pergunto se sou suficiente e satisfatório,
Se não o for me desculpe, siga seu trajeto, seu caminho
Como eu o farei, mas com a amargura desse tempo de indecisão em que só se é possível se escutar o silêncio e o arrastar d’água que se move tão lentamente pelo chão.



Uma pessoinha fez pra mim...desse jeito pareço uma menina má...será?!

[Larissa]

Nenhum comentário: